studo atesta que elefantes se estressam com humanos
15 de fevereiro de 2013 às 6:00
Por Natalia Cesana (da Redação)
Nós, seres humanos, estamos estressando os elefantes. É o que atesta um estudo sobre a vida silvestre de Serengeti, no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia, conduzido pelo Parque Nacional do Quênia e pela Reserva Grumeti. Cientistas descobriram que os elefantes que circulam dentro das áreas protegidas são menos estressados que aqueles que se aventuram além das fronteiras. A informação foi publicada no portal Care2.
Não há cercas ou barreiras separando as zonas preservadas das terras adjacentes, portanto os elefantes podem andar dentro e fora dos locais.
Para determinar os níveis de estresse, os cientistas mediram o hormônio glicocorticoide presente no esterco dos animais. Os elefantes que viviam dentro da área preservada apresentaram níveis mais baixos, enquanto os animais que habitam o lado de fora do parque tiveram suas amostras elevadas. Os animais que saem da região protegida – talvez por algo tentador para comer – ficam mais estressados devido ao encontro com carros e outros veículos, que são associados a pessoas e à caça.
Como membro da equipe de pesquisa, Eivin Roskaft, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, explica que a razão pela qual os elefantes mostraram maior nível de estresse é provavelmente porque eles tentam evitar o contato com humanos. “Eles talvez se lembrem de onde estão e as más experiências que foram capazes de estressá-los”, diz.
Um estudo anterior descobriu que o nível de estresse dos elefantes é mais elevado naqueles que deixam as áreas de preservação em busca de alimentos em fazendas. Apenas a ideia do contato com humanos, que provavelmente será hostil, é suficiente para estressar os animais.
Roskaft pretende utilizar o estudo para ajudar na luta contínua pela sobrevivência dos animais na África. Com o desenvolvimento humano, os caçadores têm chegado cada vez mais perto dos limites dos parques e os elefantes tido cada vez mais motivos para ficarem mais ansiosos do que nunca.
Este estudo, publicado no African Journal of Ecology, não mostra apenas como a atividade humana afeta profundamente os animas, mas também revela, mais uma vez, que os elefantes nunca esquecem. Quando se trata de espécies procuradas devido à sua carne e ao marfim, esse tipo de memória causa estresse e medo. Além da construção de estradas e corte das florestas, os seres humanos deixaram uma marca indelével sobre a vida silvestre, com associações nada agradáveis.
Considerando que, devido aos seres humanos, os elefantes poderiam ser extintos em dez anos – Roskaft acredita isso poderia acontecer entre cinco e seis anos -, não é surpresa que os elefantes africanos mostrem sinais muito claros de estresse. Se o pensamento de um elefante preocupa você, precisamos assegurar, nas palavras de Roskaft, que o mundo se interesse por tal perspectiva terrível que, há poucos anos atrás, era impensável.
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